Ex-marido que mandou matar mulher é condenado a 25 anos; assalto forjado deixou vítima paraplégica
Réus acusados de tentativa de feminicídio são julgados em Iguape Andrews Ribeiro de Oliveira foi condenado a 25 anos e 8 meses de prisão em regime fechado p...
Réus acusados de tentativa de feminicídio são julgados em Iguape Andrews Ribeiro de Oliveira foi condenado a 25 anos e 8 meses de prisão em regime fechado por ser o mandante da tentativa de homicídio contra a ex-esposa, Ingrid Mendonça Ribeiro. A balconista ficou paraplégica após ser baleada em um assalto forjado em Iguape (SP), planejado pelo homem que não aceitava o fim do relacionamento. O crime aconteceu em 16 de outubro de 2020, dentro de uma farmácia no Centro da cidade. Dois criminosos chegaram em um carro, anunciaram o assalto e, após trancarem os funcionários e roubarem alguns objetos, um deles disparou contra Ingrid. Durante a fuga, os criminosos capotaram o veículo. O autor do disparo que feriu Ingrid morreu na hora, enquanto o comparsa, Jhonatas Silva de Araújo, sobreviveu e confessou que havia recebido R$ 5 mil à vista e mais R$ 13 mil parcelados para executar o crime a mando do ex-marido dela. ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. Jhonatas, um dos assaltantes contratados, foi julgado pelo júri popular na última quinta-feira (13) e condenado a 27 anos e um mês de reclusão em regime fechado, além de 2 anos e 4 meses de detenção em regime semiaberto. Sobre as condenações: Vítima e ex-marido, apontado pelas investigações como mandante de tentativa de feminicídio Arquivo pessoal De acordo com a sentença obtida pelo g1, o ex-marido da vítima, Andrews Ribeiro de Oliveira, foi condenado por tentativa de homicídio, com qualificadoras de motivo fútil, emprego de meio cruel, feminicídio, violência doméstica, discriminação de gênero e prática na presença de familiar da vítima. Já Jhonatas Silva de Araújo, sobrevivente do carro e cúmplice contratado, foi inocentado da acusação de receptação, mas condenado por tentativa de homicídio qualificado por motivo torpe, fútil e cruel. Ele também recebeu penas por dois roubos majorados, adulteração de sinal identificador de veículo e homicídio culposo na direção. Antes do julgamento, em entrevista à TV Tribuna, afiliada da Globo, Ingrid afirmou que fez questão de acompanhar a etapa processual. "Eu tinha opção de não estar ali assistindo, mas eu quero que a Justiça seja feita". A mãe da vítima, Rosemare Mendonça de Lima, destacou que a filha não deveria estar passando por essa situação e reforçou que a família busca Justiça diante das dificuldades de saúde enfrentadas por Ingrid. A advogada da balconista, Patrícia Mara Benevides Roche, lembrou que Andrews ignorou medidas protetivas e boletins de ocorrência registrados contra ele. Segundo ela, o ex-marido tinha plena consciência de que não poderia se aproximar da vítima e, mesmo assim, planejou friamente sua morte. “Ele não conseguiu matar a Ingrid, mas destruiu todos os sonhos dela”, afirmou a advogada. Violência doméstica e perseguição Em setembro de 2020, Ingrid pediu o divórcio após cinco anos de casamento e denunciou agressões do marido. Andrews chegou a tentar que ela fosse demitida da farmácia e passou a persegui-la, recusando-se a assinar a separação. A situação se agravou quando ele invadiu sua casa alcoolizado, mesmo após medida protetiva. No dia 16 de outubro, Ingrid foi baleada durante um assalto forjado na farmácia onde trabalhava e encontrada inconsciente no hospital. Homem que contratou criminosos para matar ex-esposa que ficou paraplégica é condenado a 25 anos de prisão Reprodução/TV Tribuna VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos