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Família de corretor morto contesta versão de eletricista e nega que os dois fossem amantes

Eletricista (à dir.) preso por matar corretor (à esq.) em obra disse que vítima ameaçava contar relação deles à esposa do autor Redes Sociais e Polícia ...

Família de corretor morto contesta versão de eletricista e nega que os dois fossem amantes
Família de corretor morto contesta versão de eletricista e nega que os dois fossem amantes (Foto: Reprodução)

Eletricista (à dir.) preso por matar corretor (à esq.) em obra disse que vítima ameaçava contar relação deles à esposa do autor Redes Sociais e Polícia Civil A família do corretor Wanderley Guanais Mineiro, de 63 anos, morto pelo eletricista Cassius Maximiliano Brancatti em Praia Grande, no litoral de São Paulo, negou que a vítima tivesse qualquer envolvimento amoroso com o suspeito. As informações foram passadas pela advogada Ingridt Klaesener. Wanderley foi encontrado sem vida no banheiro de um prédio em obras na segunda-feira (10), no bairro Tupi. Ele estava em um plantão de vendas no local no domingo (9), quando o crime ocorreu. À Polícia, Cassius afirmou que matou a vítima porque ela teria ameaçado expor uma relação extraconjugal que mantinham. A advogada da família do corretor, no entanto, disse que a narrativa apresentada pelo suspeito foi utilizada, possivelmente, para minimizar sua responsabilidade no crime e reduzir uma eventual pena que pode ser imposta contra ele. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Santos no WhatsApp. “É importante destacar que, ainda que Wanderley fosse homossexual, isso não representaria qualquer problema ou desonra — porém, não é o caso” , declarou Ingridt. Ainda segundo a advogada, a família considera absurda a alegação do suspeito. “Tais declarações falsas não devem desviar o foco da gravidade do crime cometido”, diz trecho da nota divulgada. O caso Eletricista é preso suspeito de matar corretor de imóveis em obra de Praia Grande O homicídio de Wanderley ocorreu na Rua Tupinambás, no último domingo. A TV Tribuna, afiliada da Globo, apurou que o corretor estava em plantão de vendas no momento do crime, o que pode indicar que ele estava sozinho no imóvel. O corpo foi encontrado na manhã seguinte por um funcionário da obra. Ele relatou à polícia que havia marcas de sangue na escadaria do prédio. A vítima foi localizada caída e ensanguentada dentro do banheiro. Imagens de monitoramento de um prédio vizinho registraram um homem acessando o imóvel em que Wanderley estava e deixando o local com os pertences da vítima após 23 minutos. O corretor havia chegado por volta das 8h10, e o suspeito entrou no prédio cerca de uma hora depois, às 9h30. Quem era? Wanderley Guanais Mineiro possui um irmão gêmeo e já trabalhou em fábrica no Japão Arquivo pessoal Segundo a advogada Ingridt Klaesener, que representa a família e a empresa administradora de condomínios no bairro onde o crime ocorreu, Wanderley nasceu em São Paulo (SP) e possui ascendência japonesa materna. Ele se casou em 1990 com sua única esposa, de quem se divorciou posteriormente. Juntos, trabalharam em uma rede de supermercados e, em busca de melhores condições financeiras, mudaram-se para o Japão em 1991. Permaneceram no país até 1994, quando retornaram ao Brasil e tiveram um filho. Diante das dificuldades de reinserção no mercado de trabalho, Wanderley e a família voltaram novamente ao Japão. Wanderley Guanais Mineiro foi morto em Praia Grande, SP Redes sociais O casal permaneceu por dois anos no país, até que decidiram retornar ao Brasil em razão de um acidente de trabalho na fábrica onde atuavam. Wanderley se formou pela Universidade Santo Amaro (Unisa) e passou a trabalhar no setor comercial de supermercados. Ingridt acrescentou que eles se separaram em 2005, e Wanderley retornou mais uma vez ao Japão, onde permaneceu até 2009. No retorno ao Brasil, ingressou no ramo de corretagem imobiliária, inicialmente na empresa Lopes. Suspeito é filmado entrando e saindo do local onde corretor foi achado morto Em seguida, mudou-se para Praia Grande (SP) em razão de uma companheira com quem se relacionava à época. A família destacou que ele enfrentou dificuldades financeiras nesse período, mas havia se restabelecido. “A família o descreve como um bom filho, bom pai, bom marido e bom irmão, sempre dedicado ao trabalho. Era uma pessoa que alegrava o ambiente com piadas, buscando descontração e leveza, mas também mantinha um perfil reservado”, disse Ingridt. Corretor foi achado morto por funcionário de obra, no bairro Tupi, em Praia Grande (SP) Reprodução VÍDEOS: g1 em 1 minuto Santos